Os rituais em todos os Dojo propõem aos praticantes uma série de atitudes e gestos que facilitam as relações entre eles deixando claro o desejo comum de obedecer a uma ordem válida para toda a comunidade e para cada um. A intenção do praticante é sempre a de estimular o progresso na arte de todas as pessoas sem perder o desenvolvimento individual.
A prática de karate está repleta de
exercícios marciais, combativos, porém com um total espírito de
conciliação, buscando a vitória pela harmonia, pela paz, procurando
esquecer as atitudes egoístas e pensando sempre no grupo e como sendo
parte dele. O karateca treina com seu companheiro com todo respeito e
consideração, pois o considera como parte de si mesmo e sem o qual não
há treinamento.
Daí ser fundamental tratar o companheiro
com cortesia e agradecimento por ele dá a possibilidade de você treinar
e de aprender com ele. Ao professor, se deve o respeito e o
agradecimento pela transmissão dos conhecimentos e pela dedicação e
esforço em ensinar segredos que foram por muitos séculos restritos a uma
minoria privilegiada. Respeitar e se fazer respeitar é uma das regras
mais importantes durante os treinamentos. Conciliar e nunca confrontar é
o princípio básico. Esquecer-se da palavra “eu” e substituí- la pela
palavra “nós” é a essência do ensinamento. Outro ponto fundamental é que
não se treina karate, mas sim, para a vida. Portanto, fica claro ao
praticante e ao grupo que o fundamental não é vencer, não é derrubar,
não é ser o mais forte, mas descobrir o potencial individual, o centro
das ações e se, ele não for o centro, colocar-se em uma de suas órbitas,
de acordo com suas reais condições.
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